Não é cinzento morto
O céu é azul.
O Sol brilha.
Folhas verdejam nas árvores
Cantando viajam os rios
Sente-se o vento
A noite não toma o espaço
É apenas
Passagem para amanhã
Riem as gentes
Livres as palavras trocadas
Dão-se mãos
Não se dorme ao relento
Ninguém se refugia
Na exiguidade da indiferença
Nem na penumbra
Da renuncia à participação
Não é falso o carinho
No seu recinto
As almas vêem-se
Os espíritos falam-se
O luar a todos veste
Costas dadas ao engano
Passam horas sem medos
Pelo pensamento livre correndo
A Liberdade
Não anda a monte
(Acordou com o medo de andar perdido)
10 comentários:
Todo o teu poema é para ler em voz alta. Repito final para o gravar na mente e leio e releio:
"A noite não toma o espaço
É apenas
Passagem para amanhã"
Assim, ninguém se perde, meu amigo!
Caro Carlos Albuquerque
Ando a dar uma voltinha pelos blogs amigos. O meu estado de espírito anda um pouco de rastos, daí não fazer comentários. Mas no seu caso, o seu poema aliviou-me um pouco, li e reli. É bom sentir que ainda há sonhadores e que partilham esse sonhos connosco.
Um grande abraço
Rodrigo
Se é um devaneio, é lindo!
Mas creio ainda que "Não é falso o carinho (...) As almas vêem-se /Os espíritos falam-se..." e que " A Liberdade/Não anda a monte"
Acredito!
Carinhosamente, um beijo
Laura
Acho que o meu amigo, SABE!
Quem escreve assim sabe o que é a vida, e a vida ainda é bela.
Já tinha saudades dos seus "devaneios" :)
beijinhos
Perdi-me contigo...
Um grande bj querido amigo
Olá amigo Carlos, perdi-me no céu cinzento, no céu azul, no vento que me levou o sentir, refugiei-me na indiferença, adormeci na penumbra e quando acordei, vi, que afinal nem eu já sou quem era. Esqueci-me de olhar para trás, para ver, se alcançava a liberdade. Adorei o seu poema. Beijos com carinho
Como é bom viajar nas suas palavras!
Querido amigo, tenha uma linda e abençoada semana. Beijocas
Caríssimo Amigo Carlos Albuquerque,
Parece que realmente acordou com medo de andar perdido...
Aproveite estes dias de "ponte" para se encontrar!
Mas que a Liberdade anda a monte é uma grande verdade!
Um abraço amigo e solidário.
Já o Sócrates sabia, que nada sabia, mas também sabia, que sabia muito mais do que todos os outros.
Um poema para meditar sobre a liberdade e não só.
Saudação da amiga de longe, que apesar de gostar da Angie, porque é uma mulher no poder e, porque os socialistas estão cada vez mais a fazer uma política das Direitas, tão cá como lá, continua bem PORTUGUESA.
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