A TV transmitiu o que um haitiano disse ao mundo:
- Um dia destes seremos vampiros. Vamos matá-los e comê-los em salsichas!
A ONU afirma que a reconstrução do Haiti vai demorar décadas!
Comida distribuída, violência nascida. Rouba-se e mata-se por um pedaço de pão e um pingo de água! Guerra sangrenta. Quinze mil militares norte-americanos estão lá, de armas na mão, a dar uma “ajuda”, vá-se lá saber a quê, ou a quem!
Um membro do “governo” haitiano afirma, com ar pomposo: “Vamos construir a República de Port-Au-Prince”. O resto, para além da cidade dos senhores, que o leve o mar, ou outro terramoto! A corrupção espreita, ávida.
Médicos de Porto Rico colocam na Internet imagens festivas da sua ajuda humanitária – armas na mão, copos brindando, serrotes de amputações mostrados! Animalizados, os haitianos estão a ser tratados como animais, como troféus de caça!
Já o disse em post: depois do terramoto, o pesadelo. Gostava de me ter enganado, mas não.
Por isso o meu Sábado, nascido calmo, entristeceu, murchou o olhar, entrou em desatino. Anda num traz e leva, num rodopiar, qual pirueta apanhada por remoinho. Abre e fecha gavetas. Olha para o relógio, a querer desmarcar as horas, mas estas, mesmo coxas que estão algumas, não se dão por achadas, não andam para trás. Acumula silhuetas no saco de viagem, mais um livro de poemas.
- Não, não me perguntes nada, não queiras saber (diz-me ele), estou de partida para o Domingo.
E deixa-me, assim, neste vazio, capítulo terminado dum livro que não escrevi, como se o tempo e eu fossemos um só! Sabe ele que não, que o Tempo e eu nos não andamos a dar bem! Mas vai, encostando-me a não sei que sonho, a um tocar em saudade morta.
Saiu, para a paisagem de Domingo, pela escotilha do navio do meu viajar, que hoje fica em doca seca. Logo mais, quando aquele chegar, a ver hei-de ir, se traz o olhar do Sábado.
- Um dia destes seremos vampiros. Vamos matá-los e comê-los em salsichas!
A ONU afirma que a reconstrução do Haiti vai demorar décadas!
Comida distribuída, violência nascida. Rouba-se e mata-se por um pedaço de pão e um pingo de água! Guerra sangrenta. Quinze mil militares norte-americanos estão lá, de armas na mão, a dar uma “ajuda”, vá-se lá saber a quê, ou a quem!
Um membro do “governo” haitiano afirma, com ar pomposo: “Vamos construir a República de Port-Au-Prince”. O resto, para além da cidade dos senhores, que o leve o mar, ou outro terramoto! A corrupção espreita, ávida.
Médicos de Porto Rico colocam na Internet imagens festivas da sua ajuda humanitária – armas na mão, copos brindando, serrotes de amputações mostrados! Animalizados, os haitianos estão a ser tratados como animais, como troféus de caça!
Já o disse em post: depois do terramoto, o pesadelo. Gostava de me ter enganado, mas não.
Por isso o meu Sábado, nascido calmo, entristeceu, murchou o olhar, entrou em desatino. Anda num traz e leva, num rodopiar, qual pirueta apanhada por remoinho. Abre e fecha gavetas. Olha para o relógio, a querer desmarcar as horas, mas estas, mesmo coxas que estão algumas, não se dão por achadas, não andam para trás. Acumula silhuetas no saco de viagem, mais um livro de poemas.
- Não, não me perguntes nada, não queiras saber (diz-me ele), estou de partida para o Domingo.
E deixa-me, assim, neste vazio, capítulo terminado dum livro que não escrevi, como se o tempo e eu fossemos um só! Sabe ele que não, que o Tempo e eu nos não andamos a dar bem! Mas vai, encostando-me a não sei que sonho, a um tocar em saudade morta.
Saiu, para a paisagem de Domingo, pela escotilha do navio do meu viajar, que hoje fica em doca seca. Logo mais, quando aquele chegar, a ver hei-de ir, se traz o olhar do Sábado.