terça-feira, 28 de abril de 2009

Tragam-me o tira nódoas!

Nada dizem

Ainda acordo todas as manhãs.

E porque tal acontece e me vão faltando as forças para mais, vou à janela do meu escritório caseiro e peço ao vento que passa (apelando ao poeta), não notícias do meu país, mas o que se diz por aí.
Nada.
Só me chega o silêncio!
E vou ao computador. Com, e por ele, viajo, e dou com dois nomes: PV e PP. Nunca recusei ir ao inferno, quanto mais não seja para ver se aquilo é tão mau como dizem. E leio. É pior!
Com o tridente apontado e de cauda espetada, aqueles dois fizeram-me recuar.
E dou comigo a pensar, e a cheirar: 3 séculos de Inquisição, regicídio, República atormentada, ditadura militar, estado novo fascista, polícia política, denúncias, deportações, tortura, mortes.
Levem-nos daqui!
E ainda estou eu a pensar, mal refeito do choque, e já a SIC me diz, a SIC e não o vento, que António era um garanhão que só queria levar para a cama, ou para a esteira (como se diz na terra em que nasci, e pelo que vi parece que ele o fez uma vez, provavelmente mais, sei lá, o homem, para além de mandar prender e matar gente a torto e a direito, coisa de somenos importância, devia deglutir Viagra de manhã à noite. Naquela altura o Viagra estava ainda por nascer, mas talvez lhe dessem pau de Cabinda, ou pó de cantárida), umas quantas! No recreio, feito homem santo de família para quem a política era o trabalho (pois!), dava uns tostões à dona Maria para ir às compras, e agradecia-lhe ter mandado remendar as botas!
Já isto bastava, mas eis que aparece uma dama que quer ser de ferro, mas que não passará de uma nena de alumínio poroso e fora de prazo, a dizer que a bem da Pátria tanto se ligará ao CDS como ao PS!
E eu aqui, e nós aqui, a ver e ouvir tudo isto!
Este vazio profundo há-de continuar a consumir-me, a consumir-nos?
Tragam-me o tira nódoas, por favor!

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