Conhecidas as razões, aplaudo.
Entretanto, a PSP anunciou
tolerância zero às manifestações populares.
Cobarde, o governo usa a polícia
para atemorizar.
Os portugueses saberão responder.
O tempo é de rotura e não de
resignação.
[Esta é a madrugada que eu esperava
- Sophia de Mello Breyner Andresen -
(Inspirado na leitura do Conversa Avinagrada)
O dia inicial inteiro e limpo
Onde emergimos da noite e do silêncio
E livres habitamos a substância do tempo]- Sophia de Mello Breyner Andresen -
(Inspirado na leitura do Conversa Avinagrada)
7 comentários:
Queria publicar hoje no "ematejoca azul" este poema, mas o Carlos do CR foi mais rápido.
Mais tarde vi este poema no blogue do Rogério e agora aqui.
Compreendo: são as palavras mais belas jamais ditas sobre a revolução dos cravos.
Não concordo nem com a decisão do Mário Soares, nem da do poeta Alegre!!! E acreditem, o nosso povo não vai chorar por isso.
Caro Carlos Albuquerque
Os tempos são adversos,mas sinto que há algo de novo a pairar no ar.A sensação de que não nos vamos vergar.
Acho que o Ary tinha razão quando escreveu:
"Agora ninguem mais cerra as portas que Abril abriu".
Grande abraço
Rodrigo
Carlos
Tu sabes o quanto é doloroso e difícil vergar-nos.
Eu conheço quanto custa a verticalidade e o retorno torturante dessa postura.
Eu quero acreditar que este é "O tempo é de rotura e não de resignação." porque nós ainda "habitamos a substância do tempo", livres.
Beijo
Amigo Carlos:
Que bom lê-lo de novo e logo num dia em que os ideais se tocam e a força renasce num cravo de Abril.
25 de ABRIL, SEMPRE!
beijinhos
Meu Mwata,
É, é tempo de ruptura. Acreditas na sua concretização?
Que descrente estou a ficar!...
Abraço grande, Mwata.
Nem pode desarmar, Amigo Carlos!
As armas é que têm de ser outras.
Perseverança e lucidez quando chegar a hora de escolher quem nos poderá conduzir até se ver a luz ao fundo do túnel.
E sobretudo união. O povo anda desgarrado e meio perdido nesta pseudo democracia.
Resignação, nunca!
Um beijo.
Janita
Meu caro amigo, o que me dói é a juventude estar sem ideais nem garra.
Ignora que irá ter ela própria que lutar pelos seus direitos quando a pata da besta a sufocar.
Talvez até seja bom para terem apreço por aquilo que agor a menosprezam.
Aliás, a nossa geração também levou a cabo as suas próprias lutas em condições bem terríveis.
Lhe ofereço um mloho de cravos de resistência e muita esperança, no meu fraterno abraço, Carlos
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