sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

E ela não chega, a Trovoada




“…(Que artifício! Que sabem
As flores, as árvores, os rebanhos,
De Santa Bárbara?...Um ramo de árvore,
Se pensasse, nunca podia
Construir santos nem anjos…
Poderia julgar que o Sol
É Deus, e que a trovoada

É uma quantidade de gente
Zangada por cima de nós…
Ah, como os mais simples dos homens
São doentes e confusos e estúpidos
Ao pé da clara simplicidade
E saúde em existir
Das árvores e das plantas!)

E eu, pensando em tudo isto,
Fiquei outra vez menos feliz…
Fiquei sombrio e adoecido e soturno
Como um dia em que todo o dia a trovoada ameaça
E nem sequer de noite chega…
(Alberto Caeiro)




4 comentários:

Rogério G.V. Pereira disse...

"...e nem sequer de noite chega"

Chegará!

Boas Festas, meu caro

Um abraço

maria teresa disse...

E não chega mesmo!
Abracinho meu!

Fê blue bird disse...

Há-de chegar!

Feliz Natal meu amigo.

beijinho

Rosa Carioca disse...

Muito obrigada pela visita.
Um Feliz Natal e um Ano Novo bem melhor que o atual.