Somos filhos da madrugada
Pelas praias do mar nos vamos
À procura de quem nos traga
Verde oliva de flor nos ramos
Navegamos de vaga em vaga
Não soubemos de dor nem mágoa
Pelas praias do mar nos vamos
À procura da manhã clara
Lá do cimo de uma montanha
Acendemos uma fogueira
Para não se apagar a chama
Que dá vida na noite inteira
Mensageira pomba chamada
Companheira da madrugada
Quando a noite vier que venha
Lá do cimo de uma montanha
Onde o vento cortou amarras
Largaremos p'la noite fora
Onde há sempre uma boa estrela
Noite e dia ao romper da aurora
Vira a proa minha galera
Que a vitória já não espera
Fresca, brisa, moira encantada
Vira a proa da minha barca.
(José Afonso)
A todos um bom Domingo
5 comentários:
Sim meu amigo os filhos da madrugada não podem dormir!
Até amanhã
beijinhos
Só nos resta isso: usar a nossa indignação através de atos.
Não sei quantas as vezes que cantei isto. Colado a outras vozes. De mãos dadas...
Lembre-mo-nos disso!
(mesmo os que assim não cantaram...)
Vejo o teu bongo chegar sempre tão perto de mim, carregado de carinho e preocupação. Agradeço, meu Amigo.
Visualizei-te numa das tuas aportagens e a imagem, que tinha de ti, era muito idêntica.
Cá ando a tentar virar a proa da minha galera...
Beijo
Mwata,
A indignação não basta, não, de maneira nenhuma!
Mas, e a força anímica? Onde arranjar mais e mais força?!
Abraço grande, meu Mwata.
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