Por vezes é necessária a catástrofe para nos darmos conta de que os portugueses são, entre si, um povo solidário. Falo do pesadelo que se abateu sobre a Região Autónoma da Madeira, afinal sobre todos nós. Chuvas diluvianas, ventos fortes e correntes impetuosas de ribeiras alagadas arrasaram a Madeira. Os números estão ainda por apurar, mas sabe-se já terem morrido 40 pessoas, haver mais de 100 feridos e cerca de três centenas de desalojados.
“Precisamos de toda a ajuda”, disse o Presidente do Governo Regional da Madeira. De pronto o País respondeu. Levando consigo o ministro da Administração Interna, o Primeiro-Ministro foi à Região dizer que o Governo da República tudo fará para ajudar. Fê-lo sem hesitações, como era de seu dever. José Sócrates e Alberto João Jardim puseram de lado o que politicamente os separa, uniram-se numa nobre causa, muito acima de interesses mesquinhos: ajudar o povo martirizado da Madeira, metendo, desde já, ombros à gigantesca tarefa de protecção dos necessitados, e de reconstrução que têm pela frente.
Bem hajam!
Sempre aqui disse que mantenho a luz de esperança no meu país.
Ouvem-se já vozes criticando o mau ordenando do território, obras inconsequentes e ineficazes, e interrogando-se, mesmo, se a dimensão da tragédia poderia ter sido evitada. Com toda a legitimidade o fazem. Mais do que um remexer no passado (remexer, obviamente, não condenável), entendo-as como um aviso para o futuro.
Agora, porém, a República está de luto, unida e solidária.
“Precisamos de toda a ajuda”, disse o Presidente do Governo Regional da Madeira. De pronto o País respondeu. Levando consigo o ministro da Administração Interna, o Primeiro-Ministro foi à Região dizer que o Governo da República tudo fará para ajudar. Fê-lo sem hesitações, como era de seu dever. José Sócrates e Alberto João Jardim puseram de lado o que politicamente os separa, uniram-se numa nobre causa, muito acima de interesses mesquinhos: ajudar o povo martirizado da Madeira, metendo, desde já, ombros à gigantesca tarefa de protecção dos necessitados, e de reconstrução que têm pela frente.
Bem hajam!
Sempre aqui disse que mantenho a luz de esperança no meu país.
Ouvem-se já vozes criticando o mau ordenando do território, obras inconsequentes e ineficazes, e interrogando-se, mesmo, se a dimensão da tragédia poderia ter sido evitada. Com toda a legitimidade o fazem. Mais do que um remexer no passado (remexer, obviamente, não condenável), entendo-as como um aviso para o futuro.
Agora, porém, a República está de luto, unida e solidária.
16 comentários:
BOM DIA.
Desculpe a demora em responder, mas estou com meus filhos e genro aqui em casa desde terça-feira e tenho de entrar na fila para usar o computador (rs). Logo voltarei com mais calma.
Obrigada pela visita.Eles vão embora amanhã cedinho e a minha filha está querendo sentar aqui para digitar uma prova.
Beijo grande.
As tragédias estão ocorrendo em todo mundo precisamos respeitar a mãe terra...cuidar dela pois ela esta respondendo...paz.
Que os povos aprendam a se unir com todas esta tragédias...
Lamentam-se os mortos, estendemos a mão pedindo ajuda, martirizamos o meio ambiente com más praticas mas ninguem parece querer aprender a lição...
Parabens pelo excelente relato
abraço
Aflitivo. E marcante, para que daqui se tirem conclusões para o futuro.
Um beijo.
Carlos,
Fiquei triste e impressionada!?...
Ainda bem que sendo nós um povo com muitas divisões, nos unimos na tragédia.
Conheço a Madeira e é incrível ver o Funchal naquele caos!...
Um abraço,
Manuela
Carlos.Como sempre atento aos problemas deste país.Mais uma vez a voz solidária aqui falou alto,é bom que os homens aprendam a conviver e ser solidários na hora da tragédia,como foi o caso do nosso Primeiro Ministro.Estou de acordo consigo,não vamos culpar este ou aquele pelas falhas,mas sim arregaçar as mangas e trabalhar na reconstrução,e enterrar os mortos e dar guarida aos vivos.
Beijinho bom resto de domingo Lisa
Carlos, boa tarde.
Infelizmente são necessárias desgraças para pormos de lado divergências e remarmos para o mesmo lado. Também são elas de despertam para erros cometidos por quem manda mas, neste caso, acho que o que aconteceu foi algo raro e de extrema "violência". Resta tentar ajudar e... precaver.
Abraço
É trágico. E lamento ainda mais que não aprendam com estas tragédias... E quem é que está a sofrer mais?
Triste trajédia na terra natal de minha avó paterna...
Ainda bem que Portugal está dando todo apoio!
Pena né que as pessoas precisem passar por tragédias para serem solidárias, mas ainda bem que são.
Tenha uma excelente semana.
As autoridades do Continente fizeram o que deveria fazer, e ainda bem. Pôr de lado as diferenças. Nós somos um povo solidário, acredito que não vai faltar o apoio. Espero que o mais rapidamente possível, se possa ver aquela terra, linda e florida, como sempre foi.
Boa semana
Olá amigo, ninguém consegue(penso eu) ficar indiferente a tragédias como esta, mas o ser humano ás vezes está mais preocupado com coisas tão insignificantes... Beijos amigo
Carlos, Carlos,
o que foi que nos afastou um do outro, meu amigo?
Será que foi o tal do "leque", que citei nos meus Botões de Madrepérola?...talvez...
Mas que bom que retornaste, que bom que me visitaste, assim a gente retoma essa amizade que há muito havia ficado para trás.
Sempre é tempo! E olha: entrarás para a hitória...rs
Quanto ao luto aí de vcs, tenho acompanhado, e as questões de cunho: se poderiam ter sido evitadas ou não as tragédias, sempre existiram e sempre irão existir...
Fazem parte das especulações.
E agora, depois de tudo, resta-nos ajudar cada um com aquilo de que dispuser e puder!!!
Ajuda prática, orações, tudo vale nessa hora!
Fico feliz em saber que autoridades deixaram de lado as diferenças e se uniram para não medir esforços no socorro à população da Madeira. Louvável atitude!
Um fraterno abraço, amigo querido.
Seja sempre bem-vindo!
Nossa, muito impactante esta foto que vc colocou aqui.Também no Brasil sofremos com as chuvas. A mudança climática é um mistério a mais para desvendarmos, não é?
Obrigada pela visita!
Infelizmente, a incúria e a ganância do lucro irão continuar a provocar situações destas. Como bem diz ( e eu também já salientei no CR), não é o momento para fazer recriminações. É o momento para olhar o futuro com outros olhos.
Só por isso consigo fazer um esforço para tentar compreender a recusa de AJJ para que a Madeira fosse considerada zona de calamidade pública. Isso facilitaria os apoios quer nacionais, quer da UE. AJJ recusou, alegando que isso afastaria os turistas.
Haverá razões para esperar melhor futuro?
Carlos
No sentido mais intimo de humanidade, não existe interesse económico, pessoal ou político. Existe apenas o Ser solidário, o contágio puro e simples da emoção humana... e isso é extraordinário, porque faz com que nunca se perca a esperança!
No momento em que escrevo este comentário, oiço o vento que sopra forte e agressivo nas persianas das minhas janelas, sei o que ele me quer dizer….. e em silêncio me quedo, por todos aqueles que perderam a vida, a família, os amigos, os haveres e tanto mais, na Madeira, como no Haiti e em tantas outras partes do mundo.
Um beijinho e muito obrigada…. de coração lhe agradeço!
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