Dois acidentes em cadeia numa auto-estrada, a A25, um em cada sentido.
Seis mortos, entre eles duas crianças, setenta e dois feridos, muitos em estado grave, doze viaturas carbonizadas, mais de cinquenta danificadas (números disponíveis até ao momento em que escrevo). Cento e cinquenta bombeiros mobilizados para o socorro, ambulâncias, o INEM improvisando um hospital em plena auto-estrada! O país viu, estupefacto, as imagens pelas televisões. E interrogou-se: como é que isto foi possível?! De quem é a culpa?!
Logo vozes se ouviram: das condições meteorológicas – chuva e nevoeiro cerrado.
Discordo!
Mais uma vez o encolher de ombros, o olhar para o lado e o assobio. A culpa nunca é nossa, é sempre dos outros, neste caso da Mãe Natureza, que tão maltratada é a cada dia. Outras vozes, culpam as autoridades e os políticos, porque aquelas e estes deveriam ensinar civismo às pessoas, educá-las para comportamentos adequados, e não o fazem!
Continuo a discordar!
Recordo-me que, há bem pouco tempo, o Governo (foi o actual, poderia, e bem, ter sido outro) fez aprovar uma lei fixando uma percentagem mínima de sal no fabrico de pão. Medida aconselhada pela Organização Mundial de Saúde, visando, tão só, proteger a saúde dos consumidores. Todos sabemos que o excesso de sal na alimentação é maligno. Quiseram ensinar-nos a melhor nos alimentarmos. Caiu o Carmo e a Trindade! Lá apareceram nas televisões os analistas e comentadores (intelectuais de pacotilha), dizendo-se asfixiados, perorando: agora até o direito de comer o que queremos nos querem tirar!
Com a esmagadora maioria dos automobilistas passa-se algo de parecido. De que vale dizer-lhes conduza com prudência, reduza a velocidade, mantenha a distância de segurança do carro da frente, preserve a vida, há nevoeiro e chuva! Não adianta falar-lhes de civismo, de respeito por si e pelos outros, de acatamento das regras de trânsito, de tolerância. Não remedeia pôr um carro da GNR, ou da PSP, a fiscalizar cada um deles, logo arranjarão modo e jeito de uma finta engendrarem. Que importam os radares detectores dos excessos de velocidade? Dá-se outrem como condutor, pagam-se as multas e está o assunto arrumado!
O que queremos é continuar a ser o que somos – gente de oportunidade perdida. Oportunidade perdida de sermos gente melhor!
Outras mortes continuaremos a chorar se não quisermos, e não formos capazes de fabricar, cada um por si, em casa, no emprego, na roda de amigos, e todos em conjunto, as fechaduras que abram portas para ruas limpas, desprovidas de becos sem saída.
Logo vozes se ouviram: das condições meteorológicas – chuva e nevoeiro cerrado.
Discordo!
Mais uma vez o encolher de ombros, o olhar para o lado e o assobio. A culpa nunca é nossa, é sempre dos outros, neste caso da Mãe Natureza, que tão maltratada é a cada dia. Outras vozes, culpam as autoridades e os políticos, porque aquelas e estes deveriam ensinar civismo às pessoas, educá-las para comportamentos adequados, e não o fazem!
Continuo a discordar!
Recordo-me que, há bem pouco tempo, o Governo (foi o actual, poderia, e bem, ter sido outro) fez aprovar uma lei fixando uma percentagem mínima de sal no fabrico de pão. Medida aconselhada pela Organização Mundial de Saúde, visando, tão só, proteger a saúde dos consumidores. Todos sabemos que o excesso de sal na alimentação é maligno. Quiseram ensinar-nos a melhor nos alimentarmos. Caiu o Carmo e a Trindade! Lá apareceram nas televisões os analistas e comentadores (intelectuais de pacotilha), dizendo-se asfixiados, perorando: agora até o direito de comer o que queremos nos querem tirar!
Com a esmagadora maioria dos automobilistas passa-se algo de parecido. De que vale dizer-lhes conduza com prudência, reduza a velocidade, mantenha a distância de segurança do carro da frente, preserve a vida, há nevoeiro e chuva! Não adianta falar-lhes de civismo, de respeito por si e pelos outros, de acatamento das regras de trânsito, de tolerância. Não remedeia pôr um carro da GNR, ou da PSP, a fiscalizar cada um deles, logo arranjarão modo e jeito de uma finta engendrarem. Que importam os radares detectores dos excessos de velocidade? Dá-se outrem como condutor, pagam-se as multas e está o assunto arrumado!
O que queremos é continuar a ser o que somos – gente de oportunidade perdida. Oportunidade perdida de sermos gente melhor!
Outras mortes continuaremos a chorar se não quisermos, e não formos capazes de fabricar, cada um por si, em casa, no emprego, na roda de amigos, e todos em conjunto, as fechaduras que abram portas para ruas limpas, desprovidas de becos sem saída.
7 comentários:
concordo.
ser cauteloso e prudente falta a ma gente infelizmente
Querido amigo, em estradas brasileiras acontece a mesma coisa todos os dias, acidentes terríveis, devido a má conservação das estradas, embora aqui, temos que pagar pedágios altíssimos, e o dinheiro para onde vai??? Para o bolso dos políticos corruptos...E perdem-se vidas todos os dias...Beijocas
Olá Mwata,
Ontem, postei exactamente sobre esta mesmo problema. O que está a acontecer nas nossas estradas é uma vedadeira tragédia e há que tentar, repito, tentar, pôr cobro a isto.
Todos nós, os que andamos na estrada, somos confrontados diariamente com autênticos irresponsáveis - para não lhes chamar outra coisa - ao volante.
Dou, como exemplo, a IC19 e a 2.ª Circular porque transito nelas quase diariamente. Tens, na 2.ª Circular radares que te proibem de exceder os 80Km/hora mas, posso garantir-te, que os que cumprem contam-se pelos dedos. E eu pergunto: para que servem os radares? Aqueles inconscientes serão autuados? Não sei e, sinceramente, não me interessa. Sei, isso sim, que se as pessoas não sabem comportar-se com civismo, se não sabem respeitar o outro, então Amigo, porque não aplicar-lhes penas de prisão? É que a grande maioria dos condutores parece enlouquecida! Mesmo dentro da cidade, tu vês velocidades incriveis.
Penso que a esta geração já nada há a fazer: serão assim, ponto!
Mas em relação aos mais novos temos obrigações que não podem ser descuradas.
À que os ensinar vs defender, incuntindo-lhe noções de civismo, e, o que é muito importante, ensiná-los a cumprir esse princípio.
Abraço, meu Mwata.
Amigo Carlos!Sobre este acidente,ou as suas causas estou de acordo consigo.Senão vejamos,basta conduzir em qualquer auto-estrada e logo vimos os carros de grande cilindrada a passar por nós em velocidades loucas e sem respeito pelos outros,e para não falar de se colocarem atrás de nós com a vontade de bater.Tudo isto é falta de civismo,e o novo riquismo de quem tem a melhor marca.Sabe que ao longo da vida vi acidentes de bradar aos céus e pedi,para alguém dar forças para socorrer! Agora este meu amigo penso que nada igual me lembra.Toda a gente manda leis e pouco sabem,será que os governos tem culpa de gente sem maturidade e capacidade para conduzir...muitas cartas andam por favor,muitos as têm porque pagaram ao dito para a terem.Para se formar pessoas tem de se ensinar a ser autêntico e nada do desemrrasco,só assim se caminha para o futuro.Lamento muito as pessoas que perderam a vida,crianças que estão da forma que estão e traumatizadas para a sua vida.
Bem haja por ser assim,beijinho.
Utilizo diariamente o carro num percurso (ida e volta) de, mais ou menos 60 Km. Vejo o que às vezes dá vontade de gritar.
Faça sol, chuva ou neve a velocidade é para ser cumprida, as ultrapassagens feitas em traço contínuo ou com carros em sentido contrário.
Toda a gente parece ter perdido o sentido da conveniência.
Para onde correm , assim, com tanta pressa?
Beijo
Oportunidades perdidas? Tantas, tantas, tantas...num número incontável!
Como "ajudante de formadora cívica" de alguns homens de hoje, vi muita aprendizagem ser desprezada porque outros (des)valores eram escolhidos...
Junto a si a minha voz!
Abracinho
Uma das coisas que mais me impressiona quando conduzo com chuva, é verificar a forma como a maioria dos condutores continua a acelerar, ignorando as condições atmosféricas.
PS: Tenho tido dificuldade em comentar aqui. Os comentários não entram, porque me aparece ERROR 503. Voltou a acontecer o esmo no comentário anterior que fiz neste post. Vamos a ver se agora entra
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