terça-feira, 4 de agosto de 2009

Isaltino de Morais

No reino da macacada


Isaltino de Morais mandou a Justiça à m…a. O autarca foi condenado pelo Tribunal de Oeiras a sete anos de prisão efectiva. Recorreu de imediato. Apareceu, sorridente, a dizer que está inocente, a decisão do Tribunal foi arbitrária, o verdadeiro julgamento será feito pelos oeirenses. Isto porque mantêm a sua candidatura à Câmara de Oeiras. Para além dos crimes considerados pelo Tribunal para o condenar (fraude fiscal, abuso de poder, corrupção activa e branqueamento de capital), um pormenor define, também, o carácter deste homem: dos fundos angariados para a sua última campanha eleitoral sobraram mais de quatrocentos mil euros. Isaltino depositou-os na sua conta pessoal, meteu o dinheiro no bolso, alegando que nada na Lei o impedia de o fazer. Pois não, nem a sua consciência que lhe poderia ter dito para entregar as sobras dos fundos a instituições de assistência social, por exemplo.
Se os cidadãos de Oeiras o reelegerem em Outubro será porque há mais quem mande a Justiça à m…a. Isaltino e outros como ele, brincam com a Justiça e o pagode aplaude.
Como diria o Sr. João, que há anos me cortava o cabelo, isto é o fim da macacada!

3 comentários:

Sofá Amarelo disse...

É o reflexo do país que temos, onde o mediatismo, o aparecer e o dizer é que contam. Enquanto um(a) qualquer assistente de um qualquer programazito de TV for mais importante e mais conhecida que algum grande escritor ou director de um grande jornal, é porque isto vai mal... e assim vai continuar...

Um abraço!!!

Carlos albuquerque disse...

Pois é!
Por isso, acho, é importante que se continue a avisar a malta, a ver se acabam os feiticeiros de almas e os moralistas (leia-se auto-promovidos opinion makers, como PP) que nos azucrinam a existência. Isto um dia há-de mudar!
Um abraço!

Mª João C.Martins disse...

Acho que vivemos num país a fingir..
Um dia destes, ainda nos prendem por trabalharmos honestamente, pagarmos os nossos impostos e andarmos de cabeça erguida, sem dever nada a nínguém.
Começo a acreditar que isto acontecerá,... um dia destes!

Um abraço