quarta-feira, 22 de julho de 2009

Eleições (Legislativas 2009)



CDS-PP, PCP, BE, PSD ou PS?




Por muitas contas que se façam apenas os dois últimos poderão ser opção de Governo. Cenário provável – nem o PS nem o PSD obterão maioria absoluta. Duas alternativas:

1) Vitória do PSD. Formação de uma coligação, mais à direita, com o CDS-PP para garantia de estabilidade governativa.
2) Vitória do PS. Postas de lado coligações à esquerda. Governo minoritário.
No primeiro caso, a direita governaria como entendesse, sabendo-se já que rasgaria o que no plano económico e social foi feito pelo actual Governo, na ânsia de tudo privatizar, contando com a bênção de Belém. Se necessário fosse até suspenderia a Democracia, como já se lhe ouviu.
No segundo, o PS teria que negociar, passo a passo, em sede parlamentar, as maiorias necessárias para a praticabilidade do seu programa. À esquerda, obviamente.
Ultimamente o país tem sido assolado por abalos no mundo financeiro e económico: suspeitas de corrupção, enriquecimentos ilícitos, recebimento de luvas, compadrios, promiscuidades entre a política e a finança… A lista de arguidos aumenta a cada dia. E aparecem nomes como Dias Loureiro, Arlindo de Carvalho e muitos outros, todos eles, ou quase, ex-ministros de governos de Cavaco Silva que comandou o país durante mais de 10 anos com gente como aquela, que saída do cavaquismo se instalou no universo dos negócios, sem nunca abandonar a política. É do mundo com esta marca que surgirão as figuras para governarem os portugueses se o PSD vencer as eleições.
Os indícios estão à vista: ainda agora o PR escolheu o economista Vitor Bento para Conselheiro de Estado. O novo conselheiro é um dos que assinou o Manifesto dos 28 economistas de oposição à política de obras públicas do Governo e defendeu, recentemente, como de entre outros também o fez João César das Neves, a baixa de salários como medida de competitividade empresarial!
O Governo PS encerra a legislatura com erros? Certamente! Mas igualmente com marcas que configuram a matriz do país que os portugueses desejam: contas públicas equilibradas; Segurança Social garantida; Serviço Nacional de Saúde defendido; universalidade do acesso à escola pública alcançada; institucionalização do conceito de avaliação dos professores e de outros sectores sócio-profissionais aceite; descriminalização do aborto obtida; afirmação de Portugal na vanguarda das novas tecnologias; novas oportunidades abertas a todos… Reformas que a direita nunca ousou empreender.
Com todos os erros cometidos, e muitos foram, o Governo PS ousou e mostrou um Portugal a modernizar-se, arrojado, virado para a frente.
O PSD quer rasgar, deixando antever um Portugal bafiento.

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