terça-feira, 21 de julho de 2009

Conversa minha (À multidão que vive dentro de mim)



À multidão que vive dentro de mim






Vou continuar a procurar o porvir
Não de dor mas de amor
Não de solidão mas de emoção
Um agora de existências pensadas
De cidades não desertas
Com ruas sem palavras pisadas
De gentes abertas
Em que as sombras sejam de luz
Ter nelas o que me seduz
Flores que não murcham
Rios que correm felizes
E às estrelas murmuram
Saudades de distantes Belizes
E perfeições imperfeitas
Sem vozes desfeitas
Vou continuar
Docemente
Por um cabelo teu andar
Teu rosto ameigar
Como quando eras fagueira
Procurar-te o olhar e nele deixar
Não um rio a orar
Mas mar a alagar a fogueira
Que meu coração sente
Me queima e contrista
Por te sentir a querer abalar
Emplumada e de crista
Sem quereres saber
Ir no vento do nada falar
Ó pedante e enleante
Ó cróia a valer
Com quem te dás tu?
Quem te disse, ó vida
O que me queres dizer?

1 comentário:

Rita disse...

Olá Carlos!

Gostei muito do teu blog e não hesitei em "anexa-lo" ao meu!

Felicidades!

Rita

http://ritsmania.blogspot.com