(If I Were a Rich Man, do musical Fiedler on the Roof, passado ao cinema. A interpretação, brilhante, é de Topol)

Encurtemos distâncias, falando pouco e bem. As palavras medíocres nada nos contam; as boas explicam-nos quase tudo. Sigamos, a vida é breve!
(If I Were a Rich Man, do musical Fiedler on the Roof, passado ao cinema. A interpretação, brilhante, é de Topol)
Vitor Jara
Te recuerdo Amanda,
la calle mojada,
corriendo a la fábrica
donde trabajaba Manuel.
La sonrisa ancha, la lluvia en el pelo,
no importaba nada, ibas a encontrarte con él,
con él, con él, con él, con él.
Son cinco minutos.
La vida es eterna en cinco minutos.
Suena la sirena de vuelta al trabajo,
y tú caminando, lo iluminas todo.
Los cinco minutos te hacen florecer
Te recuerdo Amanda,
la calle mojada,
corriendo a la fábrica
donde trabajaba Manuel.
La sonrisa ancha, la lluvia en el pelo,
no importaba nada, ibas a encontrarte con él,
con él, con él, con él, con él.
La sonrisa ancha, la lluvia en el pelo,
no importaba nada, ibas a encontrarte con él,
con él, con él, con él, con él.
Que partió a la sierra.
Que nunca hizo daño. Que partió a la sierra,
y en cinco minutos quedó destrozado.
Suena la sirena, de vuelta al trabajo.
Muchos no volvieron, tampoco Manuel.
Te recuerdo Amanda,
la calle mojada,
corriendo a la fábrica
donde trabajaba Manuel.
La sonrisa ancha, la lluvia en el pelo,
no importaba nada, ibas a encontrarte con él,
con él, con él, con él, con él.
(Vitor Jara)
(Professor na Universidade do Chile, músico e compositor, Vitor Jara foi torturado e assassinado, em Santiago do Chile, pelas hordas nazis de Augusto Pinochet em Setembro de 1973, poucos dias antes de fazer 41 anos de idade)
- É da pt comunicações…
- Não, obrigado, os bytes e os megas cá de casa já chegam.
-/-
- Fala da Optimus. TV, Internet e telefone só por…
- Já tenho!
-/-
- A Clix está a fazer…
- Vieram tarde!
-/-
- Lançámos uma nova gama de sapatos….que número calça?
- Ando descalço!
-/-
- Estamos a fazer uma pesquisa sobre comidas preferidas…
- Não como, alimento-me!
-/-
- Temos uns aparelhos purificadores da água da torneira…
- Bebo água engarrafada, pouca, prefiro o tinto!
-/-
- Este é um convite para a festa de lançamento da nossa…
- Não posso, vou agora para fora e só volto daqui a 10 anos!
-/-
- Quer fazer um “test drive” do nosso novo modelo…?
- Não se importa de ir poluir para outro lado?
-/-
- Parabéns foi premiado no nosso sorteio. Tem uma viagem…
- Já dei para esse peditório!
-/-
- Felicitações foi premiado no nosso sorteio. Tem uma viagem… (agora em sotaque não português)
- Outra vez!? Ó da guarda!
-/-
- Os nossos colchões ortopédicos e anatómicos…
- Durmo no chão sobre uma manta.
---
A cada fala minha sucede um clic seco. Sem um obrigado, um desculpe o incómodo. Sem nada! Mal-educados! Irra! Isto dá cá uma neura do caraças!
Fixo regressa à mesa, Móvel volta para a cama de folhas. Ambos, seres de enevoada inteligência, em breve recuperarão. Eu não, continuo com a neura!
--
Este é o din don da porta de casa. Espreito. Abro devagar. Duas senhoras, bem aperaltadas, com olhares de quem chega para cuscar, falam-me com voz colocada a meio tom, papeis na mão que me parecem folhetos. Tento sorrir.
- “…a palavra de Deus…”
- Desculpem, estou de saída para a farmácia!
Nas touradas há algo de parecido: a utilização abusiva de um animal que se leva à morte pelo sofrimento.
Em Portugal as autarquias de Viana do Castelo, Braga, Cascais e Sintra proibiram a realização de touradas nos seus concelhos. Porque continuam no resto do país?
Até a Igreja Católica as vem condenando desde 1567 (Papa Pio V)!
O vídeo que aqui coloco ilustra bem até que ponto se leva a tortura numa praça de touros. Não é aconselhável aos mais sensíveis.
Ai, quem me dera terminasse a espera
Retornasse o canto simples e sem fim
E ouvindo o canto se chorasse tanto
Que do mundo o pranto se estancasse enfim
Ai, quem me dera ver morrrer a fera
Ver nascer o anjo, ver brotar a flor
Ai, quem me dera uma manhã feliz
Ai, quem me dera uma estação de amor
Ah, se as pessoas se tornassem boas
E cantassem loas e tivessem paz
E pelas ruas se abraçassem nuas
E duas a duas fossem casais
Ai, quem me dera ao som de madrigais
Ver todo mundo para sempre afim
E a liberdade nunca ser demais
E não haver mais solidão ruim
Ai, quem me dera ouvir o nunca-mais
Dizer que a vida vai ser sempre assim
E, finda a espera, ouvir na primavera
Alguém chamar por mim
(Vinicius de Moraes)