segunda-feira, 22 de junho de 2009

Ricos e Pobres



Tyrannosauros Rex,
FMIs,
Casa Branca



Posto em português que a todos dá para entender, diz o Fundo Monetário Internacional (FMI), numa avaliação futurista da crise global, que os ricos continuarão a ser cada vez mais ricos e os pobres cada vez mais pobres. Para que não haja espúrias leituras do que direi à frente fica desde já esclarecido: nada tenho contra os ricos, mas tenho tudo contra a permanência da pobreza. A pobreza rebaixa, obscurece, degrada, oprime, exclui, incapacita, tolhe e humilha, revolta, é daninha e impotente para mudar o que pode e deve ser mudado, mata. Pois, já sei que uns me virão dizer que sempre houve ricos e pobres, a Bíblia e a Igreja assinam por baixo, e que outros proclamarão que quando o homem chegou à Terra, vindo não se sabe de onde, já trazia na bagagem ricos e pobres, pretos e brancos, amarelos, vermelhos e albinos, e que assim continuará a ser quando partir para povoar outras terras. O melhor, dirão uns e outros, é orar e parar aqui. Não oro nem paro!
Quando amanhã o homem esgotar este e partir à conquista de outro mundo, espero que para um onde já tenha batido meteoro de peso a livrá-lo de dinossauros, senão de todos, pelo menos dos vorazes e insaciáveis predadores Tyrannosaurus Rex, não irá igual ao que aqui chegou. Levará consigo uma estirpe nova: o mestiço. Mestiço de sangues, de culturas, de pensamentos, de atitudes, de perfeições nem sempre perfeitas, com grande contributo dos portugueses que os criaram por onde passaram, sem ajudas divinas. A esperança de que é possível juntar para dividir melhor. Não me venham, portanto, dizer que as coisas são imutáveis, que não há volta a dar. Há!
Dois pontos: não sou rico, nem pobre, nem mestiço. Sou apenas eu, tentando não perecer na globalização.
Voltando ao FMI, entidade a que o Brasil emprestou há pouco tempo uma pipa de massa (mais de mil milhões de euros), o Brasil, disse bem – parece que Lula já trata Obama por tu – voltando ao FMI, bem podiam os seus escrevedores de coisas dizer porque vão os ricos ficar mais ricos e os pobres mais pobres. Mas não, não dizem.
Se o fizessem teriam que explicar que a globalização (nada tenho contra ela, pelo contrário desde que seja outra que não esta de modelo conservador neo-liberal) não é para todos. Teriam que explicar, que a riqueza e a pobreza estão como estão porque, entre outras coisas, os fluxos financeiros dos países ricos são encaminhados para os não desenvolvidos para lhes sugarem as matérias-primas, deixando-os pior do que estavam: com menos recursos, olhando para a evolução como se de uma miragem se trate. Mas, ó explicas!
Disse, lá em cima, que há esperança mas, por esta Terra, ela parece estar a expirar. Na próxima a que o homem chegar desejo que não haja, nem Tyrannosaurus Rex, nem FMIs, nem qualquer Casa Branca.
A imagem foi retirada do Google-Imagens

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